MULHERES E CREANÇAS
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A vida da sociedade é uma vida toda de egoismo e de vaidade, a vida de familia uma vida de renunciamento e de abnegação.

Para viver na sociedade a mulher só precisa de ser exteriormente agradavel, para viver na familia a mulher precisa de ser forte.

O mundo exige as graças, as garridices, as subtilezas do espirito, as louçanias do tracto; a familia sem prescrever inteiramente aquellas, exige acima de tudo a consciencia firme, a idéa clara e definida dos deveres, o espirito do sacrificio, e aquella energia branda que resiste ás tentações dissolventes do peccado.

Entendemos pois que os esforços de todos os educadores, de todos os que se preoccupam com o futuro da sociedade devem convergir para annullar a mulher dos salões, e para crear e fortalecer a mulher da familia.

Não nos revoltamos contra as graciosas futilidades que hoje constituem a educação feminina, não as condemnamos a um completo ostracismo, desejamos simplesmente vel-as collocadas no lugar que por sua natureza lhes compete. São simples ornatos decorativos, como taes os applaudimos e os queremos, não como fundo solido e base de todo o cultivo intellectual da mulher.

Tambem não pedimos para o nosso sexo a emancipação,