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MULHERES E CREANÇAS

mais esmero e apuro do que havia antigamente na instrucção que as classes abastadas dão ás suas filhas.

Pouco mais precisam de aprender; o que lhes falta é a ligação logica entre as varias cousas que aprendem, é uma concepção mais larga das mesmas sciencias que adquirem, é o conhecimento das proprias armas que possuem, contra esse inimigo poderoso da mulher, chamado Tedio.

Em nosso humilde entender classificariamos d’este modo os conhecimentos indispensaveis a toda a mulher, para esta ser julgada apta a exercer o sacerdocio de esposa, de mãe, e de dona de casa.

As linguas estrangeiras, consideradas como meios de adquirir noções praticas, idéas justas, factos positivos; como meios de comparar, de julgar, de aquilatar, de exercer emfim o seu senso critico, de modo que o desenvolvesse, elevasse e afinasse; como meios de conhecer as differentes manifestações do bello e de as poder relacionar entre si.

A Historia, com o fim de conhecer através d’ella a humanidade de todos os tempos, de seguir a sua lenta e continua evolução, e de penetrar lucidamente no sentido da palavra — progresso.

O conhecimento profundo e philosophico da historia moralisa, pacifica, e revigora as crenças. Dá ao