MULHERES E CREANÇAS
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onde ella estava, resta-lhe apenas a falsa devoção.

É lá que ellas vão buscar refugio.

Vivem nas egrejas, procuram um confessor que tenha a jesuitica paciencia de revolver com ellas o montão de flôres murchas do passado, a ver se ainda de lá vem o vestigio da extincta fragrancia, praticam fervorosamente toda a casta de superstições rediculas; entram em associações pseudo-caridosas, gastam o resto da vida de outra fórma não menos redicula e não menos balofa do que gastaram os dias da juventude.

E de vez em quando, para maior espanto nosso, morre uma em cheiro de santidade entre a piedosa confraria.

 

 

O que é pois necessario e indispensavel para todas nós?

É que possamos viver sem o auxilio dos outros, e tirando unicamente dos intimos mananciaes do nosso espirito e da nossa alma, elementos para construir com elles a nossa propria felicidade.

Quando a mulher depois de ter recebido uma educação robusta, depois de ter desenvolvido as suas faculdades no sentido mais amplo e mais favoravel, depois