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MULHERES E CREANÇAS

conta para dar attenção á minha debil e desautorisada voz.

A mulher attender-me-ha porque é em vista da sua felicidade, da felicidade de seus filhos, da solidez e do aconchego de seu ninho, que eu lhe estou aqui fallando.

O casamento não é um contracto puramente social, não é uma união só filha da religião e do sentimento, não é uma sancção legal de affectos egoistas e de paixões indomadas, de tudo isso tem alguma cousa, mas é muito mais sério, mais sagrado e mais santo do que isso tudo.

Se esta quadra transitoria e convulsa que atravessa a geração de que fazemos parte, é triste como nenhuma outra, essa tristeza provém principalmente das imperfeições que maculam o casamento, das duvidas que assaltam todos os espiritos ao vêr tão longe da sua resolução definitiva o problema importante da familia.

Por toda a parte o desconsolo, o desalento, a duvida, a melancolia insanavel dos que, depois de haverem sonhado um esplendido e estrellado sonho, despertam para as agras tristezas da realidade e nada encontram que corresponda ás radiosas esperanças com que se haviam embalado.

É que realmente depois da escuridão caliginosa, da