NOÇÕES ELEMENTARES DE ARCHEOLOGIA
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de pé, comprehendendo grandes divisões: templo, basilica, pretorio, independentemente dos aposentos imperiaes.

Casas particulares

Daremos algumas explicações a respeito das construcções particulares.

Chamavam prothyrum, nas casas das cidades, á passagem por onde se entrava no interior d’ellas.

Era n’esta passagem o quarto do porteiro cella ostiarii, e ás vezes a parte que servia de vestibulo, com habitação de mediana extensão.

O atrium era a galeria quadrada (3)[1] tendo ao centro um pateo descoberto (impluvium), no meio do qual havia um tanque á superficie do chão (compluvium) para receber as aguas da chuva (D).

O atrium era ornado com os retratos da familia; o dono da casa recebia n’elle os seus clientes. Havia muitas especies de atrium.

O atrium toscano, que se encontrou em Pompeia em grande numero de casas e usado unicamente nos primitivos tempos, tinha o telhado sustentado por madeiros cruzados em angulos rectos: o telhado tinha escoantes para todos os lados e para o centro do pateo.

Existia a mesma disposição no atrium tetrastylo; apenas quatro pilares ou columnas, collocadas nos angulos do impluvium, sustentavam as vigas do tecto nos pontos de juncção.

No atrium corinthio, as columnas para ponto de apoio eram mais numerosas, e o impluvium era também mais espaçôso. Construiram o atrium só para as grandes habitações.

O atrium displuviatum tinha os telhados inclinados em sentido inverso dos precedentes, de modo que lançavam as aguas da chuva para fora da casa, em logar de as conduzir para o impluvium.

  1. Veja-se na gravura da pag. 82 [fig. 69], os algarismos da planta que designam os diversos aposentos.