conforme a necessidade da familia e as suas posses pecuniarias. Examinemos a disposição de uma das casas descobertas nas minas de Pompeia.
A entrada ou prothyrum n.º l, conduz ao atrium n.º 2, chamado displuviatum, isto é que servia para o despejo das aguas da chuva para fora da habitação. Tinha na grossura da parede o impluvium n.º 3 e 4, e os alegretes para as flôres.
Uma escada de madeira n.º 5, conduzia ao aposento que occupava o dono da casa e a sua familia. Posto que a escada estivesse inteiramente destruida, era facil observar o feitio do corrimão, porque o artista a riscara na parede que lhe servia de caixa.
Os quartos 6 e 7 eram destinados para receber os estrangeiros e os amigos. O escravo que guardava a porta da rua devia dormir no quarto n.º 8, onde se conservava tambem de dia. Era pequena a cosinha n.º 9 collocada ao lado do corredor.
Casa de campo (villæ)
Suppõe-se que as mais bellas casas de campo romanas tinham só um andar; tambem não se differençavam essencialmente das da cidade, e continham pouco mais ou menos as mesmas divisões, mais arbitrarias, conforme exigia o terreno, a belleza do sitio, a importancia da exploração rural e outras circumstancias da edificação.
Columella,[1] distingue tres partes em uma casa de campo occupando-se de trabalhos ruraes, e o maior numero das villæ gallo-romanas e luso-romanas estavam n’este caso. As tres partes eram:
A villa urbana, ou habitação do proprietario;
A agraria, ou habitação dos lavradores, e dos animaes necessarios para a lavoura;
- ↑ O maior sabio agronomo da antiguidade, nascido no seculo I da era christã.