deixou manuscriptas sobre o mesmo genero d'assumptos, citarei: Monumenta, romanorum in Lusitanis urbibus.

Assim começaram estes estudos em Portugal; e do mesmo modo continuaram n'esse seculo e no seguinte, restrictos todavia á época do dominio romano.

As nações que percorriam as vias do progresso com passo firme e resoluto mostraram-se empenhadas no desenvolvimento dos estudos archeologicos, desde o meiado do seculo XVII, fundando academias ou escolas, onde se ensinava ou discursava sobre antiguidades.

Então os adeptos da nova sciencia, sequiosos de emoções e buscando alargar a área dos seus estudos, visitam a Grecia, exploram o solo, desenterram soberbos monumentos, escrevem e publicam em muitos livros os resultados das suas investigações.

Illustraram-se n'esta cruzada scientifica, principalmente, Jacob Span, e Bernardo de Montfaucon, francezes, e Wheler, João Augusto Ernesti, João Jorge Grœvinus, Gronovius, allemães. Todavia nos seus vastos repositorios de memorias e dissertações, posto que tratem mais particularmente das antiguidades gregas e romanas, já se occupam de todas as partes da archeologia.

III

Este impulso fez-se sentir em o nosso paiz nos fins do primeiro quartel do seculo XVIII. Fundando-se em Lisboa no anno de 1720, a academia real de Historia Portugueza, foi-lhe commettido, juntamente com a tarefa de escrever a historia de Portugal, o encargo de velar pela conservação dos monumentos nacionaes, obstando a que se destruissem, ou fossem levados para fóra do reino, os objectos d'antiguidade, já descobertos, ou que viessem a