50
ERA GALLO-ROMANA

grande quantidade de agua para os usos domesticos; sendo muito escrupulosos na boa qualidade da agua, embora a fossem buscar a grandes distancias para os centros da povoação, empregando para esse fim canaes ou aqueductos.

Figura 39: Restauração de um aqueduto em siphão

Os aqueductos antigos que ainda existem, como os que possue a Italia, e os vêmos em outras partes, apresentam os canos de alvenaria feitos com mais ou menos solidez, e mais ou menos cuidadosamente betumados. Serviam-se geralmente das pedras de pequenas dimensões, embebidas na argamassa. Os canos, sendo proporcionados ao volume de agua que deviam levar, eram formados com abobada em volta perfeita, se ás vezes cobertos com grandes lageas assentes e sobrepostas sem cimento.

Para se obter o nivel das encostas que se encontravam na juncção dos encanamentos, faziam-n’os passar então sobre arcos mais ou menos elevados, que reuniam os dois lados do valle; outras vezes sobrepunham-se dois ou tres renques de arcos, com receio de que a demasiada altura dos pilares lhes diminuisse a solidez.

Quando o valle era muito profundo, para por este meio poder firmar-se o encanamento do aqueducto em nivel conveniente, conduziam a agua em tubos de chumbo que subiam até o cume da collina opposta, onde a agua pudesse seguir a sua corrente natural, conforme Vitruvio descreve mui claramente no seu 8.º livro de architectura.