l00 PATIIOLOGJA SOCIAL tidas por essas ruas. Algumas com sorte... D’uma occasião, — fôra no largo da Palmatória, — estava um gallego vertendo as suas aguas, de barril ao hombro, cheio. O rapaz viu-o n’aquella posição grotesca, vergado, com ambas as mãos occupadas, attento ao que fazia, e subiu-lhe um calor de implicar com elle. A primeira ideia foi puxar-lhe o espicho do barril, para o encharcar; mas — pae paulino ! — dava chinfrim, e vinha um policia de baixo, da rua de S. Roque... Ora ’um dos bolsos da jaqueta do javardo saía um papel dobrado. Deitou-lhe a mão, por partida, sem outra intenção mais do que arrelial-o. E emquanto elle rosnava, preso ao urinol: — Ah! pêrro que me roubaste ! — toca desgueirar num foguete pela calçada do Duque abaixo.

No Rocio desdobrou o papel. Era uma especie de carta. Tinha aprendido a lêr e a escre- ver na Santa Casa. Dizia assim:

Lulu.

O portador d’esta trouxe-me o Joli , que encontrou muito afflicto, mortinho de sêde, á beira do Aterro. Dá-lhe as alviçaras que entenderes.

CLARA .

Bello ! Tinha chuchadeira !... Mas aonde seria?... Nas costas, a lapis, descortinou: — Rua do Ouro, 260, 1.°— N’um salto lá estava. Era um escriptorio. Um senhor todo tésto, já velhote, de oculos de oiro, deu-lhe meia libra. Reinação para tres dias !

Agora certas poucas vergonhas, em que via metterem-se alguns dos companheiros, nunca