soluços no anciar atropellado do coração... Ide, ainda é tempo e cada som quebrado da garganta do agonisante da cruz, cada convulsar de uma angustia intensa dessas pobres mulheres que abração o madeiro repassado de sangue e lagrimas, dir-vos-ha mais do que eu vos poderá dizer.

Eis ahi o sublime sentimental.

Cada suspiro de uma daquellas fôrmas brancas e desgrenhadas, cada voz soluçada por aquella trindade santa de martyres dir-vos-ha o que palavras não sabem ressumbrar.

E o sublime material, — dizei, nunca o sentistes no estallar das florestas sob o pezo gigante do bulcão, no nutar das vagas hirtas e verdenegras que o braço da tormenta eleva e atira em lençoes de fervedora escuma, no cheiro abafador e sulfureo dos ares cortados pelo raio? Dizei, nunca assististes a um desses dramas da natureza em que o vento infrene lucta com o mar que esbraveia, e o mar parece querer invadir nuvens e terras, que o raio affogueia? Essa scena tremebunda do dia final, tão sublime sempre, apezar de tão vista, tão abaladora ainda no descrever dos cantos soltos dos poetas, quando não ha um só que com a lembranças delia não estremecesse as cordas de ferro de sua harpa ?