de couro, os cestos, as latas, as trouxas, os sacos de chita, o açafate onde miava o gato, e um fardo amarrado com cordas contendo os painéis dos santos mais queridos de D. Josefa.

Depois, ao fim da semana, foi a jornada da S. Joaneira para a Vieira, de noite, por causa da calma. A Rua da Misericórdia estava atravancada com o carro de bois, que conduzia as louças, os enxergões, o trem de cozinha; e no mesmo char-à-banc que fora à Cortegassa, ia agora a S. Joaneira e a Ruça, que levava também no regaço um açafate com o gato.

O cônego fora na véspera, só Amaro assistia à partida da S. Joaneira. E depois de toda uma azáfama de galgarem cem vezes de baixo a cima as escadas por um cestinho que esquecera ou um embrulho que desaparecia, quando a Ruça enfim fechou a porta à chave, a S. Joaneira, já no estribo do char-à-banc, rompeu a chorar.

— Então, minha senhora, então! disse Amaro.

— Ai, senhor pároco, deixar a pequena!... Mal sabe o que me custa... Parece que a não torno a ver. Apareça pela Ricoça, faça-me essa esmola. Veja se ela está contente...

— Vá descansada, minha senhora.

— Adeus, senhor pároco. Muito obrigada por tudo... Ai, os favores que lhe devo!

— Tolices, minha senhora... Boa jornada, dê notícias! Recados ao padre-mestre. Adeus, minha senhora! adeus, Ruça...

O char-à-banc partiu. E pelo mesmo caminho por onde ele ia rolando, Amaro foi andando devagar até à estrada da Figueira. Eram então nove horas; nascera já o luar duma noite cálida e serena