Os pedidos cruzaram-se:

O guerrilheiro! O noivado do sepulcro.' O descrido.' o nunca mais!

O cônego Dias disse do seu canto pesadamente:

— Ó Couceiro, vá lá aquela do Tio Cosme, meu brejeiro!

As mulheres reprovaram:

— Credo! por quem é, senhor cônego! Que lembrança! E a Sra. D. Joaquina Gansoso resumiu:

— Nada: uma coisa de sentimento para o senhor pároco fazer idéia.

— Isso, isso! disseram; uma coisa de sentimento, ó Artur, uma coisa de sentimento!

Artur pigarreou, cuspilhou; e dando subitamente à face uma expressão dolorosa, ergueu a voz, cantou lugubremente:

Adeus, meu anjo! Eu vou partir sem ti!

Era uma canção dos tempos românticos de 51, o Adeus! Dizia uma suprema despedida, num bosque, por uma tarde pálida de Outono; depois, o homem solitário e precito, que inspirara um amor funesto, ia errar desgrenhado à beira do mar; havia uma sepultura esquecida num vale distante, brancas virgens vinham chorar à claridade do luar!

— Muito bonito, muito bonito! murmuravam.

Artur cantava enternecido, o olhar vago; mas nos intervalos, durante o acompanhamento, sorria em redor — e na sua boca cheia de sombra viam-se os restos de dentes podres. O padre Amaro, ao