— Parece que o homem não escapa mesmo, padre.
— Com o favor de Deus tudo é possível, filho; mas ele está muito mal.
— Uma coisa tão de repente. Não há uma semana que fizemos juntos o rodeio.
Canho sentiu-se inquieto. Pelo caminho que seguiam, os dois cavaleiros decerto vinham da casa. Seria o dono a pessoa, de cuja enfermidade eles falavam?
Desceu o gaúcho o lançante da colina e aproximou-se vagarosamente da casa, espreitando-lhe a aparência, com receio de confirmar suas apreensões. No terreiro que havia em frente, brincava uma criança de 8 anos, cavando um buraco na terra com a cana partida de um velho freio.
— Menino, o Barreda está em casa?
— Meu pai?... Está sim.
— Eu queria falar-lhe.
— Mas ele está doente!
— Ah! está doente! De quê?
— De doença!... A gente tem chorado muito porque ele não escapa. Agora mesmo saiu o frade que veio para a confissão.