passava em torno. A primeira coisa em que reparou foi naquele sujeito, cujas feições não podia distinguir, pela obscuridade do aposento e debilidade de sua vista. Além disso o desconhecido calcara o chapéu desabado e erguera a gola do ponche.
— Quem é? perguntou o enfermo com voz extenuada.
Canho estremeceu.
— O senhor não me conhece. Vinha para tratar um negócio, mas encontrei-o de cama. Ficará para outra vez.
— É verdade. Estou aqui de molho, que não sei se arribarei desta.
— O pior já passou, agora é ter paciência
— Que remédio! Olhe, que foi uma boa peça que me pregou esta macacoa! Precisava ir à casa do Perez receber um dinheiro que me deve um chileno; se não, é capaz de abalar sem pagar-me.
— Já ele o fez! Encontrei-o ontem caminho de Corrientes.
— Diabo! Faz-me falta esse dinheiro, disse Barreda agitando-se na cama.
— Não se agonie; vou buscá-lo.