cuidando sempre de manter-se fora da vista dos cavaleiros.

Sucedeu o que ele esperava. Os castelhanos, pois eram eles, vendo fugir ao longe o homem de pala vermelho a quem perseguiam, não repararam na falta do outro cavaleiro, e o deixaram à esguelha abrigado pela rampa do terreno.

Apenas os viu passar, Loureiro deitou a correr não mais para Bagé, nem para o Salto de onde saíra, e sim para Ponche-Verde, que era a fronteira mais próxima do ponto onde se achava.

Essa era a história contada por Loureiro. Mais tarde, porém, falou-se de um namoro da mulher do Barreda com o negociante, que se apaixonara pelos belos olhos da espanholita. O marido, tendo-os surpreendido, desafiara o continentista, que fugira naquela mesma noite.

A notícia da morte de Canho chegou ao Loureiro em Alegrete, dois meses depois. Penalizou-o em extremo aquela desgraça a que ele dera causa. Lembrou-se da viúva que ficara ao desamparo com dois filhos menores; e sentiu-se obrigado a amparar a família órfã.

Fez uma viagem a Ponche-Verde com essa intenção.