Ao mesmo tempo que por estranha confusão lhe parecia que as tranças aneladas de Jacintinha se desatavam pelas espáduas como a formosa clina de uma poldrinha, e o pé travesso batia o chão com a altivez e ardimento de um casco gentil.

Arrancou-o do êxtase a voz da irmã.

— Como se chama ele, Manuel?

— O poldrinho? ... Não sei.

— Ah! ainda não tem nome!... Pois há de ser Destemido!

O gaúcho abanou a cabeça.

— Então, Voador.

Repetiu Manuel o gesto negativo.

— Está bom... Relâmpago?

— Não, disse Canho apanhando a lembrança que despontara. Há de chamar-se Juca.

— Juca!... O maninho que...

Cravando um olhar rijo na menina respondeu ele pausadamente:

— Sim; o mano que morreu.

— Bravo! exclamou Jacintinha batendo as mãos.

E repetindo aquele gazeio do princípio, começou de chamar o poldrinho, intermeando-lhe o nome.