essa inquietação. O entrerriano passara pela pousada na véspera.

Manuel tomou outra vez, depois de três meses, a direção da casa. Avistando-a, recordou-se do espetáculo a que assistira, e sentiu um movimento de compaixão, que logo abafou.

O gaúcho não tinha ódio ao Barreda.

A vingança da morte do pai não era para sua alma a satisfação de um profundo rancor; mas o simples cumprimento de um dever. Ele obedecia a uma intimação que recebera do céu; à ordem daquele que sempre tinha presente à sua memória. E obedecia friamente, com a calma e impassibilidade do juiz, que pune em observância da lei.

Foi por isso que desta vez, avistando a casa, não sentiu a menor emoção.

Recolheu a tropilha em um capoão e mudou os arreios da Morena, em que viera, para o Morzelo. O generoso cavalo, amigo fiel de João Canho, também devia ter sua parte na vingança.

Eram 11 horas do dia; uma trovoada estava iminente, que nublava o céu, obumbrando os raios do sol.