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emquanto percorria com olhar brejeiro os sujeitos da roda, acabou a frase descrevendo uma pirueta graciosa.

— Eu não escolho nenhum!

— Ora ahi está! disse o Lucas soltando uma gargalhada.

— Qual! Já está fazendo melurias.

— Meu noivo... Querem saber qual é?

— Então sempre escolhe!

— Ai que já estou me lambendo!

— Quem é?

— Olhe!

No canto opposto do alpendre, estava o Manoel Canho, sentado no parapeito, com o cigarro na boca, e a vista divagando pelos campos que se estendiam além do córrego, ás abas da cidade. Inteiramente alheio ao que passava junto, o gaúcho parecia de todo absorvido em suas cogitações.

Esta expressão de recolho intimo apagava certa aspereza de sua phisionomia. Visto assim de perfil, com a fronte descoberta, os cabellos que a brisa agitava, e o talhe desenhado pelo traje pittoresco do gaúcho, era sem duvida um bonito rapaz.