se uma choça, perdida no meio dos pampas, como uma árvore da floresta, cuja semente veio trazida pelo vento.
A égua estava ardendo por esticar os músculos e espojar-se na grama.
— Sossegue, moça! disse o gaúcho sorrindo.
Com um molho de ervas secas esfregou-lhe o pêlo banhado de copioso suor; e só depois disso, consentiu que ela se rolasse pelo capim e estancasse a grande sede, não de um fôlego, mas por diversas vezes. A impaciência materna era assim moderada pela inteligente solicitude do gaúcho.
Enquanto o animal retouçava aparando os tufos da grama viçosa, que vestia as margens do arroio, tratou o gaúcho de refazer as forças.
A choça estava deserta e a porta presa apenas por uma correia. No interior, composto de uma só quadra, havia de um lado a cama feita de estiva e forrada de pelegos; do outro o brasido onde assava uma grande naca de charque, suspensa em um espeto. Conhecia-se que a ausência da pessoa que aí habitava era recente, pois a carne apenas estava tostada na parte exposta ao fogo.
Entrou Manuel sem hesitação. No deserto, uma