espancou-lhe as névoas do sono, e restituiu à tez a doce transparência da folha da rosa que se deslaça.
Ouvindo a voz da mãe, que a chamava, Catita se embuçou na mantilha e marrando em um lenço alguma roupa, correu ao quintal onde a esperava Maria dos Prazeres. Ambas desceram a encosta da colina, e seguiram em direção ao rio. O tempo estava quente para aqueles climas, e convidava ao banho.
Caminhando adiante com o pé ligeiro e o meneio airoso de seu andar, a rapariga devia enlear-se nalguma cisma; pois não se voltava para faceirar com a mãe, nem se abaixava para colher na relva estrelada de flores, as boninas de que tanto gostava. Em seus lábios risonhos esvoaçava um ligeiro descante, cuja letra mal se percebia:
Livre, ao relento, Pobre, sem luxo, Nasa do vento Vive o gaúcho.
Dias antes a rapariga achara casualmente no fundo de sua memória o eco dessa toada; e desde então que a repetia, buscando o fio que a