no torvelinho, com a veemência de um desejo por muito tempo sofreado. Não se imagina a rapidez das evoluções, a flexibilidade dos requebros, e a sutileza do passo, que meneavam esse corpinho gentil nas ondulações voluptuosas da dança gaúcha.

Quem disse, que eu lhe chamei,
Enganou-o, meu senhor;
Se meu coração já dei,
Não sou cigana de amor.
 Ai! ai! não vejo meu bem;
 Já tarda, por que não vem?

O desafio continuou por algum tempo entre Manuel e Catita:

Ai, vida que me maltratas
Com este fino bailar;
Por que logo não me matas
Se tu me queres matar.
 Ta-ri, ta-la-ri, tá-tá.
 Teu bem, menina, aqui está.

Já se queixa que o maltrato;
Quem foi que me fez assim?
Todo o homem que é ingrato
Não se chegue para mim.