o deserto e calcava o mundo com a pata de seu corcel.

Esse herói de seus belos sonhos, esse rei de sua alma, ela o admirava com um entusiasmo ardente. Para merecer-lhe um olhar, o que não fez? Para ser por ele amada, não hesitou em sacrificar-lhe em tudo. Ela, tão altiva e sempre adorada, suportou sem queixar-se o desprezo; e sujeitou-se às maiores humilhações para merecer desse homem um sobejo que fosse de afeição.

Manuel, que uma repugnância invencível afastava dessa moça, apesar da fascinação de seu olhar, Manuel afinal a amou; e então, rompido o óbice que por tanto tempo contivera seu afeto, este se despenhou, como uma catarata, arrojado e impetuoso. O coração, durante tantos anos sopitado, sentiu ao despertar uma sede insaciável de amor.

Nos dias que se seguiram ao encontro na coroa de mato, e ao primeiro beijo trocado entre os sibilos das balas, Canho não se fartava de olhar e admirar Catita, de beber-lhe o sorriso dos lábios, a graça e perfume de sua formosura. Abandonando a luta da revolução recente, recolheu-se a Piratinim para estar perto da mulher