fanado pelas lágrimas. Por que voltava Manuel, a quem não esperava mais ver? Ela sabia que o gaúcho só tinha em Piratinim uma coisa que o prendesse: era seu amor.
Como o frouxo vislumbre de uma alvorada que se desprende a custo das sombras da noite e de repente some-se no seio da procela, assim desvaneceu-se o sorriso nos lábios da moça.
— Não! balbuciou. Ele não pode mais amar-me!... Nem eu a ele...
De novo seus olhos se embeberam no espelho da lâmina de aço, e sua alma refugiou-se na idéia de morrer.
— Se ele quisesse matar-me!
Nesse momento bateram com força à porta. A moça conheceu a voz de seu pai, que dizia:
— Abre, Catita!
Depois de um instante de hesitação em que a moça perscrutou debalde a razão desse chamado do pai, e da sofreguidão alegre que denunciava sua voz, ela ocultou a faca embaixo do travesseiro da cama e abriu a porta.
Lucas entrou de um ímpeto, e travando das mãos da filha, disse-lhe açodado:
— Ele está aí! Veio para se casar contigo! Assim