Pouco falta para a madrugada.
A noite arrasta-se pesada e lúgubre no meio de uma calma assustadora, que estranha a natureza. Nem um sopro de aragem bafeja a terra, encandecida ainda pelo intenso calor do sol. As estrelas rubras e imersas em um limbo escuro, parecem tochas a bruxulear na sombra de um templo forrado de crepe. No horizonte opaco se debuxam as cúpulas das árvores, semelhantes a massas de granito.
Essa estagnação de luz, de ar e vida, imprimia à natureza uma imobilidade medonha; dir-se-ia