Nesse movimento descobriu imóvel, em frente dele, Lucas Fernandes que traçou rapidamente com a mão direita um sinal cabalístico. Manuel sem mostrar surpresa nem dar grande importância ao acidente, reproduziu o sinal.

Aproximou-se então o miliciano com vivacidade, e travando da mão ao gaúcho, deu-lhe o toque simbólico, soprando ao ouvido uma palavra misteriosa.

Com esse reconhecimento, que revelava a existência de um vínculo secreto entre ambos, o Lucas Fernandes pouco adiantou na confiança de Manuel, que se manteve na mesma reserva.

Embora dedicado e com entusiasmo ao serviço de uma causa, nem por isso a pouca estima que a raça humana inspirava em geral ao gaúcho, se tinha amortecido. Ao contrário, mais em contato com ela, sua alma sentia-se por assim dizer esfrolada ao atrito das paixões torpes e ignóbeis que truaneavam diante dele.

Para Manuel a causa a que se dedicara era um homem, e nada mais. A afeição que recusava à sua espécie se concentrara ultimamente em um indivíduo. Bento Gonçalves se tornara