de nada, são tantas as histórias que já aborrecem.
— Mas cá o Morzelo, ele também o conhecia, que está aí a fazer-lhe tantas festas?
— Ah! é verdade! exclamou o furriel atentando para o animal. Não tinha reparado; é o cavalo do Canho? Pois não me havia de conhecer! Fui eu que o salvei, e deu-me que fazer! Uma doença dos diabos.
— Lembro-me. Quando o pai foi a Montevidéu? Por sinal que ele voltou no cavalo do senhor.
— Se o Morzelo não podia nem se mexer. Então você conheceu o Lucas, hein, meu velho? disse o furriel amimando o pescoço do cavalo.
Manuel era outro. Uma expressão de alegria expansiva se tinha derramado por seu rosto, antes carrancudo. Sem sentir, apeara-se para melhor prestar atenção às palavras do furriel, e se embebera completamente nas reminiscências que lhe falavam de seu pai.
— Então não quer mesmo? perguntou o miliciano, designando com um gesto o lugar onde estava a mulher convidando-o para comer.
— Jante o senhor, que eu espero.