— Deixem o homem, disse ele para os dois guardas.
— E quem é você?
— Eu já lhes digo! replicou Manuel passando a mão ao punho da faca.
O outro cavaleiro adiantou-se:
— Espera lá, rapaz.
Firmando-se nos estribos e tomando o tom do comando disse para os guardas:
— Permanentes, este homem está solto.
— O coronel! murmuraram os guardas.
Era com efeito Bento Gonçalves que chegava da sua estância.
Os guardas se retiraram cabisbaixos.
— Não lhe disse, homem, que se deixasse de rusgas? Iam-no filando! exclamou o coronel a rir.
O furriel guardou nessa ocasião um silêncio eloqüente. Mais tarde porém revelou ele a Manuel em confidência um pensamento que levara a ruminar durante muitos dias.
— Ninguém me tira desta. Quem desmanchou a rusga foi o coronel! Que pena! Uma coisa tão bem arranjada.
Manuel sorriu lembrando-se das cartas que por ele