O semblante do selvagem anuviou-se.

—Tu, senhora, zangada com Peri! Por quê?

—Porque Peri é mau e ingrato; em vez de ficar perto de sua senhora, vai caçar em risco de morrer! disse a moça ressentida.

—Ceci desejou ver uma onça viva!

—Então não posso gracejar? Basta que eu deseje uma coisa para que tu corras atrás dela como um louco?

—Quando Ceci acha bonita uma flor, Peri não vai buscar? perguntou o índio.

—Vai, sim.

—Quando Ceci ouve cantar o sofrer, Peri não o vai procurar?

—Que tem isso?

—Pois Ceci desejou ver uma onça, Peri a foi buscar.

Cecília não pôde reprimir um sorriso ouvindo esse silogismo rude, a que a linguagem singela e concisa do índio dava uma certa poesia e originalidade.

Mas estava resolvida a conservar a sua severidade, e ralhar com Peri por causa do susto que lhe havia feito na véspera.

—Isto não é razão, continuou ela; porventura