Isabel conservou-se calma, mas seus olhos brilhavam.
—Assim, concluiu peremptoriamente D. Lauriana, não é concebível que continuemos com semelhante praga em casa.
—Que dizeis, minha mãe? exclamou Cecília assustada: pretendeis mandá-lo embora?
—Sem dúvida: essa casta de gente, que nem gente é, só pode viver bem nos matos.
—Mas ele nos ama tanto! Tem feito tanto por nós, não é verdade, meu pai? disse a menina voltando-se para o fidalgo.
D. Antônio respondeu à sua filha por um sorriso que a sossegou:
—Vós ralhareis com ele, meu pai; eu ficarei agastada, continuou Cecília, e ele se emendará e não fará mais outra.
—E a de há pouco? replicou Isabel dirigindo-se a Cecília.
D. Lauriana, que via a sua causa mal parada depois da chegada das moças, apesar da repugnância que sentia por Isabel, conheceu que tinha nela um aliado; e dirigiu-lhe a palavra, o que sucedia uma vez por semana.