—Sim, meu pai! exclamou a menina com um olhar úmido de reconhecimento e de admiração: Sim! Vós que sabeis compreender tudo que é nobre!

—Como tu, minha Cecília! respondeu o fidalgo acariciando-a.

—Oh! eu aprendi no vosso coração, e nas vossas menores ações.

D. Antônio abraçou-a.

—Ah! tenho uma coisa a pedir-vos!

—Dize: há muito que não me pedes nada, e eu já tenho queixa disso.

—Mandareis conservar este animal. Sim?

—Desde que o desejas...

—Será uma lembrança que teremos de Peri.

—Para ti, que para mim a melhor lembrança és tu. Se não fosse ele, podia eu agora apertar-te nos meus braços?

—Sabeis que tenho vontade de chorar só de pensar que ele se vai?

—É natural, minha filha, as lágrimas são um bálsamo que Deus deu à fraqueza da mulher, e que negou à força do homem.

O fidalgo separou-se de sua filha, e chegou-se à porta onde se achavam ainda sua mulher, Isabel e Aires Gomes.