encostou-se no leito defronte de Cecília, muda e com os olhos cravados no chão.
Assim passou-se um longo intervalo; depois as duas moças quase ao mesmo tempo ergueram a cabeça; e lançaram um olhar para a janela; seus olhos se encontraram, e ambas coraram ainda mais.
Cecília revoltou-se; a menina alegre e travessa que conservava num cantinho do coração, sob os risos e as graças, o germe da firmeza de caráter que distinguia seu pai, sentiu-se ofendida por se ver obrigada a corar de vergonha diante de outrem, como se tivesse cometido uma falta.
Revestiu-se de coragem e tomou uma resolução cuja energia se desenhava em um movimento imperceptível das sobrancelhas.
—Isabel, abre esta janela.
A moça estremeceu como se uma faísca elétrica tivesse abalado o seu corpo; hesitou, mas por fim atravessou o aposento.
Dois olhares ávidos, ardentes, caíram sobre a janela no momento em que se abriu.
Nada havia ali.
A emoção que teve Isabel foi tão forte, que involuntariamente voltou-se para sua prima soltando