— Sim: Peri volta à terra que cobre os ossos de Ararê.
D. Antônio encheu o índio de presentes dados em seu nome e em nome de sua filha.
— Perguntai a ele por que razão parte e nos deixa, meu pai, disse Cecília.
O fidaldo traduziu a pergunta.
— Porque a senhora não precisa de Peri; e Peri deve acompanhar sua mãe e seus irmãos.
— E se a pedra quiser fazer mal à senhora, quem a defenderá? perguntou a menina sorrindo e fazendo alusão à narração do índio.
Ouvindo dos lábios de D. Antônio a pergunta, o selvagem não soube o que responder, porque lhe lembrava um pensamento que já tinha passado por seu espírito; temia que na sua ausência a menina corresse um perigo e ele não estivesse junto dela para salvá-la.
— Se a senhora manda, disse enfim, Peri fica.
Cecília, apenas seu pai lhe traduziu a resposta do índio, riu-se daquela cega obediência; mas era mulher; um átomo de vaidade dormia no fundo do seu coração de moça.