em que adivinhou o ciúme de Isabel e o seu amor por Álvaro, conseguiu dominar-se. Tinha a nobre altivez da castidade; não quis deixar ver à sua prima o que sentia nesse momento; era boa também, amava Isabel, e não desejava magoá-la.

Não lhe disse pois uma só palavra de exprobração nem de queixa: ao contrário ergueu-a, beijou-a com carinho, e pediu-lhe que a deixasse só.

— Pobre Isabel! murmurou ela; como deve ter sofrido!

Esquecia-se de si para pensar em sua prima; mas as lágrimas que saltaram de seus olhos, e o soluço que fez arfar os seios mimosos a chamaram ao seu próprio sofrimento.

Ela, a menina alegre e feiticeira que só aprendera a sorrir, ela, o anjinho do prazer que bafejava tudo quanto a rodeava, achou um gozo inefável em chorar. Quando enxugou as lágrimas, sofria menos; sentiu-se aliviada; pôde então refletir sobre o que havia passado.

O amor revelava-se para ela sob uma nova forma; até aquele dia a afeição que sentia por