O italiano que se tinha escondido entre os seus companheiros, ficou como fulminado por estas palavras; sair naquela ocasião da casa era perder para sempre a sua mais ardente esperança; durante a ausência tudo podia se descobrir.

— Pesa-me ser obrigado a negar-me ao serviço que exigis de mim; mas sinto-me doente, e sem forças para uma viagem.

O cavalheiro sorriu.

— Não há enfermidade que prive um homem de cumprir o seu dever; sobretudo quando é um homem valente e leal como vós, Loredano.

Depois abaixou a voz para não ser ouvido pelos outros aventureiros:

— Se não partis, sereis arcabuzado em uma hora. Esqueceis que tenho a vossa vida em minha mão e vos faço esmola mandando-vos sair desta casa?

O italiano compreendeu que não tinha remédio senão partir; bastava que o moço o acusasse de ter atirado sobre ele, bastava a palavra de Álvaro para fazê-lo condenar pelo chefe e pelos seus próprios companheiros.

— Aviai-vos, disse o cavalheiro aos quatro