Eram onze horas da noite.
O silêncio reinava na habitação e seus arredores; tudo estava tranqüilo e sereno. Algumas estrelas brilhavam no céu; os sopros escassos da viração sussurravam na folhagem.
Os dois homens de vigia, apoiados ao arcabuz e reclinados sobre o alcantil, sondavam a sombra espessa que se estendia pela aba do rochedo.
O vulto majestoso de D. Antônio de Mariz passou lentamente pela esplanada, e desapareceu no canto da casa. O fidalgo fazia sua ronda noturna, como um general na véspera de uma batalha.
Passados alguns momentos ouviu-se cantar uma coruja no vale, junto da escada de pedra;