— Obrigado.

O desconhecido apertou a mão de seu companheiro.

— Sabeis que amo uma mulher?

— Vós mo dissestes.

— Sabeis que é mais por essa mulher do que por este tesouro fabuloso que concebi esse plano horrível?

— Não; não o sabia.

— Pois é a verdade; pouco me importa a riqueza; sede meu amigo;

servi-me lealmente, e tereis a maior parte do meu tesouro.

— Falei; que quereis que eu faça?

— Um juramento; mas um juramento sagrado, terrível.

— Qual? Dizei!

— Hoje essa mulher me pertencerá; entretanto se por qualquer acaso

eu vier a morrer, quero que...

O desconhecido hesitou.

— Quero que nenhum homem possa amá-la, que nenhum homem

possa gozar a felicidade suprema que ela pode dar.

— Mas como?

— Matando-a!

Rui sentiu um calafrio.