sem que na habitação alguém tivesse podido perceber o que se passava.

Certo pois do resultado, o italiano advertido pela inocente avezinha, que não sabia o mal que fazia, cuidou em consumar a sua obra. Abriu a cômoda de Cecília, tirou roupas de seda e linho e fez de tudo isso um embrulho tão pequeno quanto era possível; depois envolveu-o em uma das peles que serviam de tapete, e colocou numa cadeira, a jeito de o poder apanhar com facilidade.

Era coisa original o pensamento deste homem. Ao passo que cometia um crime, tinha a lembrança delicada de querer suavizar a desgraça da menina fazendo que nada lhe faltasse na viagem incômoda que tinha de fazer.

Quando tudo estava preparado, abriu a portinha que dava para o jardim, e estudou o caminho que tinha de seguir. Era preciso; porque apenas tomasse Cecília nos braços devia partir e chegar de uma só corrida, direita, rápida e cega.

A porta ficava num canto do aposento, defronte do vão que havia entre o leito e a parede; colocado nesse lagar