— Neste instante.

Uma voz calma, sonora e de grave entonação, uma voz que fez estremecer todos os aventureiros, soou na entrada do alpendre:

— Não é preciso irdes, pois que vim Aqui me tendes.

D. Antônio de Mariz, calmo e impassível, adiantou-se até o meio do grupo, e cruzando os braços sobre o peito, volveu lentamente pelos aventureiros o seu olhar severo.

O fidalgo não tinha uma só arma; e entretanto o aspecto de sua fisionomia venerável, a firmeza de sua voz e altivez de seu gesto nobre bastaram para fazer curvar a cabeça de todos esses homens que ameaçavam.

Advertido por Peri dos acontecimentos que tinham tido lagar naquela noite, D. Antônio de Mariz ia sair, quando apareceram Álvaro e Aires Gomes.

O escudeiro, que depois de sua conversa com mestre Nunes tinha adormecido, fora despertado de repente pelas imprecações e gritos que soltavam os aventureiros quando a água começou a invadir as esteiras em que estavam deitados.

Admirado desse rumor extraordinário, Aires bateu o fuzil, acendeu a vela, e dirigiu-se para