— Qual? perguntou Isabel.
— A desonra.
— Há ainda outra, respondeu a moça com exaltação: outra menos egoísta, mas tão nobre como esta; a felicidade daqueles que se amam.
— Não vos compreendo.
— Quando se sabe que se pode ser uma causa de desgraça para aqueles que se estima, melhor é desatar o único laço que nos prende à vida do que vê-lo despedaçar-se. Não dizíeis que tendes medo de amar-me? Pois bem, agora sou eu que tenho medo de ser amada.
Álvaro não soube o que responder: estava numa terrível agitação: conhecia Isabel, e sabia que força tinham aquelas palavras ardentes que soltavam os lábios da moça.
— Isabel! disse ele tomando-lhe as mãos. Se me tendes alguma afeição, não me recuseis a graça que vou pedir-vos. Repeli esses pensamentos! Eu vos suplico!
A moça sorriu-se melancolicamente:
— Vós me suplicais?... Me pedis que conserve esta vida que recusastes!... Não é ela vossa? Aceitai-a; e já não tereis que suplicar!
O olhar ardente de Isabel fascinava; Álvaro