— Esta parede assenta sobre uma viga; tirada ela, está aberto o caminho!
— Entendo.
— Antes que possam tomar a si do susto, teremos acabado.
O aventureiro quebrou com a ponta da faca o reboco da parede e descobriu a viga que lhe servia de alicerce.
— Então?
— Não há dúvida. Daqui a duas horas dou-vos isto pronto.
Martim Vaz, depois da morte de Rui Soeiro e Bento Simões, tinha-se tornado o braço direito de Loredano; era o único a quem o italiano confiara o seu segredo, oculto para os outros em quem receava ainda a influência de D. Antônio de Mariz.
O italiano deixou o aventureiro no seu trabalho e voltou pelo mesmo caminho; chegando à cozinha, sentiu-se sufocado por uma fumaça espessa que enchia todo o alpendre. Os aventureiros acordados de repente blasfemavam conta o autor de semelhante lembrança.
Quando Loredano no meio deles procurava indagar a causa do que sucedia, João Feio apareceu