— Podes ir tranqüilo: eu te prometo.
— Outra coisa.
— O que é?
O índio hesitou de novo:
— Se tu vires a cabeça de Peri desligada do corpo, enterra-a com as suas armas.
— Por que este pedido? A que vem semelhante lembrança?
— Peri vai passar pelo meio dos selvagens, e pode morrer. Tu és guerreiro; e sabes que a vida é como a palmeira: murcha quando tudo reverdece.
— Tens razão. Farei tudo quanto pedes; mas espero ver-te ainda.
O índio sorriu.
— Ama a senhora, disse ele estendendo a mão ao moço.
O seu adeus era uma última prece pela felicidade de Cecília.
Peri entrou na sala onde se achava reunida a família.
Todos dormiam; só D. Antônio de Mariz velava sempre apesar da velhice; sua vontade poderosa cobrava novas forças e reanimava o corpo gasto pelos anos. Não lhe restava senão uma esperança; a de