com arrogância. Dizei-me, credes vós que algum escapará daqui na posição em que nos achamos? Morreremos todos. Pois se assim é, mais vale que se salvem alguns.
Os aventureiros pareceram abalados por este argumento.
— Eles mesmos, continuou Loredano, a menos de serem egoístas, não terão o direito de se queixarem; e morrerão com a satisfação de que sua morte foi útil aos seus companheiros, e não estéril como deve ser se ficarmos todos de braços cruzados.
— Vá feito; tendes razões a que não se resiste. Contai conosco, acudiu um aventureiro.
— Contudo levarei sempre um remorso, disse outro.
— Faremos dizer uma missa por sua alma.
— Bem lembrado! respondeu o italiano.
Os aventureiros foram ajudar o seu companheiro na demolição surda da parede, e Loredano ficou só, retirado a um canto.
Por algum tempo acompanhou com a vista o trabalho dos cincos homens; depois tirou um largo cinto de escamas de aço que apertava o seu gibão.
Na parte interior desse cinto havia uma estreita abertura pela qual ele sacou um pergaminho