tão suaves; e uma sombra imperceptível, talvez de um despeito, passou pelo seu rosto, mas esvaeceu-se logo.

Sentou-se numa das bandas da rede, reclinando sobre a moça para beijá-la ou ver se estava dormindo.

Cecília, sentindo um estremecimento, abriu os olhos e fitou-os em sua prima.

—Preguiçosa!... disse Isabel sorrindo.

—É verdade! respondeu a moça, vendo as grandes sombras que projetavam as árvores; está quase noite.

—E desde o sol alto que dormes, não é assim? perguntou a outra gracejando.

—Não, não dormi nem um instante, mas não sei o que tenho hoje que me sinto triste.

—Triste! tu, Cecília? não creio; era mais fácil não cantarem as aves ao nascer do sol.

—Está bem! não queres acreditar!

—Mas vem cá! Por que razão hás de estar triste, tu que durante todo o ano só tens um sorriso, tu que és alegre e travessa como um passarinho?

—É para veres! Tudo cansa neste mundo.

—Ah! compreendo! estás enfastiada de viver aqui nestes ermos.