pelos aventureiros revoltados, que estavam a alguns passos de distância apenas, e que não deixariam de aproveitar um ensejo tão favorável.
D. Antônio tinha a este respeito uma completa segurança; tendo fechado as portas e examinado a escorva de suas pistolas, recomendou silêncio a fim de que nenhum rumor lhe escapasse.
Vigilante e atento, o fidalgo refletia ao mesmo tempo sobre o fato que se acabava de passar, e que o tinha profundamente impressionado.
Conhecia Peri e não podia compreender como o índio, sempre tão inteligente e tão perspicaz, se deixara levar por uma louca esperança a ponto de ir ele só atacar os selvagens.
A extrema dedicação do índio por sua senhora, o desespero da posição em que se achavam, podia explicar essa alucinação, se o fidalgo não soubesse quanto Peri tinha a calma, a força e o sangue-frio que tornam o homem superior a todos os perigos. O resultado de suas reflexões foi que havia no procedimento de Peri alguma coisa que não estava clara e que devia explicar-se mais tarde.
Ao passo que ele se entregava a esses pensamentos,