assumira a sua costumada severidade, como sempre que se tratava de uma falta grave.

— Cometeste uma grande imprudência, disse ele ao índio; fizeste sofrer teus amigos; expuseste a vida daqueles que te amam; não precisas de outra punição além desta.

— Peri ia salvar-te!

— Entregando-te nas mãos do inimigo?

— Sim!

— Fazendo-te matar por eles?

— Matar e...

— Mas qual era o resultado dessa loucura?

O índio calou-se.

— É preciso explicares-te, para que não julguemos que o amigo inteligente e dedicado de outrora tornou-se um louco e um rebelde.

A palavra era dura; e o tom em que foi dita ainda agravava mais a repreensão severa que ela encerrava.

Peri sentiu uma lágrima umedecer-lhe as pálpebras:

— Obrigas Peri a dizer tudo!

— Deves fazê-lo, se desejas reabilitar-te na estima que te votava, e que sinto perder.

— Peri vai falar.

Álvaro entrava nesse momento tendo deixado