pequena canoa que servia outrora para os habitantes da casa atravessarem o Paquequer.

Durante a ausência de uma hora que Peri tinha feito, quando deixara Cecília adormecida, ele havia tudo preparado para essa empresa arriscada que devia salvar sua senhora. Graças à sua atividade espantosa, armou com o auxilio da corda a ponte pênsil sobre o precipício, correu ao rio, amarrou a canoa no lugar que lhe pareceu mais propicio, e em duas viagens levou a esse barquinho, que ia servir de morada a Cecília durante alguns dias, tudo quanto a menina podia carecer.

Eram roupas, uma colcha de damasco com que se poderia arranjar um leito, alguns alimentos que restavam na casa; lembrou-se até que D. Antônio devia ter necessidade de dinheiro logo que chegasse ao Rio de Janeiro, porque Peri contava que o fidalgo não duvidaria salvar sua filha.

Chegando à beira do rio, o índio deitou sua senhora no fundo da canoa, como uma menina no seu berço, envolveu-a na manta de seda para abrigá-la do orvalho da noite, e tomando o remo, fez a canoa saltar como um peixe sobre as águas.

A algumas braças de distancia, por entre uma