entre os meus companheiros; para mim, os índios quando nos atacam, são inimigos que devemos combater; quando nos respeitam são vassalos de uma terra que conquistamos, mas são homens!
—Vosso filho não pensa assim, e bem sabeis que os princípios que lhe deu a Sra. D. Lauriana...
—Minha mulher!... replicou o fidalgo com algum azedume. Mas não é disto que discorríamos.
—Sim; faláveis dos receios que vos inspirava a imprudência de D. Diogo.
—E que pensas tu?
—Já vos disse que não vejo as coisas tão negras como vós, Sr. D. Antônio. Os índios vos respeitam, vos temem, e não se animarão a atacar-vos.
—Digo-te que te enganas, ou antes que procuras enganar-me.
—Não sou capaz de tal, sr. cavalheiro!
—Conheces tão bem como eu, Aires, o caráter desses selvagens; sabes que a sua paixão dominante é a vingança, e que por ela sacrificam tudo, a vida e a liberdade.
—Não desconheço isto, respondeu o escudeiro.