vendo a canoa que se tinha embaraçado numa dessas ilhas flutuantes feitas pelas parasitas do rio que bóiam sobre as águas.
Era o melhor leito que podia ter a menina no meio do deserto; puxou a canoa, alcatifou o fundo com as folhas macias das palmeiras, e, tomando Cecília nos braços, deitou-a no seu berço.
A menina não consentiu que Peri remasse; a canoa deslizou docemente pelo leito do rio, apenas impelida pela correnteza.
Cecília brincava; debruçava-se sobre as águas para colher uma flor de passagem, para perseguir um peixe que beijava a face lisa das ondas, para ter o prazer de molhar as mãos nessa água cristalina, para rever a sua imagem nesse espelho vacilante.
Quando tinha brincado bastante, voltava-se para seu amigo e falava-lhe com o gazeio argentino, mimoso chilrear dos lábios travessos de uma linda menina, onde as coisas mais ligeiras e mais frívolas revestem encantos e graça suprema.
Peri estava distraído; seu olhar fitava-se no horizonte com uma atenção extraordinária; a inquietação que se desenhava no seu semblante