uma, duas e três vezes. A terra desapareceu; a árvore desapareceu; a montanha desapareceu.

“A água tocou o céu; e o Senhor mandou então que parasse. O sol olhando só viu céu e água, e entre a água e o céu, a palmeira que boiava levando Tamandaré e sua companheira.

“A corrente cavou a terra; cavando a terra, arrancou a palmeira; arrancando a palmeira, subiu com ela; subiu acima do vale, acima da árvore, acima da montanha.

“Todos morreram. A água tocou o céu três sóis com três noites; depois baixou; baixou até que descobriu a terra.

“Quando veio o dia, Tamandaré viu que a palmeira estava plantada no meio da várzea; e ouviu a avezinha do céu, o guanumbi, que batia as asas.

“Desceu com a sua companheira, e povoou a terra.”

Peri tinha falado com o tom inspirado que dão as crenças profundas; com o entusiasmo das almas ricas de poesia e sentimento.

Cecília o ouvia sorrindo, e bebia uma a uma as suas palavras, como se fossem as partículas