—Todas e mais... disse o moço balbuciando.

—E mais o quê? perguntou Cecília.

—E mais uma coisa que não pedistes.

—Esta não quero! respondeu a moça com um ligeiro enfado.

—Nem por vos pertencer já? replicou ele timidamente.

—Não entendo. É uma coisa que já me pertence, dizeis?

—Sim; porque é uma lembrança vossa.

—Nesse caso guardai-a, Sr. Álvaro, disse ela sorrindo, e guardai-a bem.

E fugindo, foi ter com seu pai, que chegava à varanda, e em presença dele recebeu de Álvaro um pequeno cofre, que o moço fez conduzir, e que continha as suas encomendas. Estas consistiam em jóias, sedas, espiguilhas de linho, fitas, glacês, holandês, e um lindo par de pistolas primorosamente embutidas.

Vendo essas armas, a moça soltou um suspiro abafado e murmurou consigo:

—Meu pobre Peri! Talvez já não te sirvam nem para te defenderes.

A ceia foi longa e pausada, como costumava ser naqueles tempos em que a refeição era uma ocupação séria,